Gravidez e filhos

Publicada em: 11/03/2015

Fernanda Machado teve de vencer a endometriose para engravidar

Em 14 de janeiro de 2015, a atriz Fernanda Machado, 34, revelou em seu perfil no
Instagram que estava grávida. A notícia comoveu muitos fãs –mais de 13 mil pessoas
curtiram a publicação– não só porque o primeiro filho da artista estava a caminho, mas
porque a notícia da gravidez confirmava o fim da luta dela contra a endometriose,
doença que dificulta a gestação e havia sido diagnosticada há três anos.

Na endometriose, o tecido que reveste a cavidade uterina –endométrio– não é eliminado
na menstruação. Em vez disso, sobe pelas tubas uterinas e cai na cavidade abdominal.
Deslocado, ele provoca lesões e processos inflamatórios bastante dolorosos nas áreas
onde se instala.

"Do início dos sintomas até o diagnóstico, pode-se levar mais ou menos sete anos",
afirma o ginecologista responsável pelo Centro de Endometriose .

Em decorrência do problema, Fernanda sempre sofreu com cólicas fortes. Mas, por
achar que estavam relacionadas apenas ao ciclo menstrual, não deu a esse sintoma a
atenção adequada. "Aos 30 anos, as dores pioraram bastante e começaram a limitar as
minhas atividades. Foi então que descobri um cisto no ovário direito, que depois soube
que era endometrioma, um reflexo da doença", diz a atriz, aos seis meses de gestação.

Situações como a de Fernanda são comuns, de acordo com o médico. "Muitas mulheres
não dão a devida atenção à cólica menstrual forte. Muitos médicos também não. Mas, se
a mulher toma analgésicos, e, ainda assim, continua sentindo muita dor, é preciso
investigar", fala o especialista.

Cólicas fortes são bem comuns em mulheres com endometriose, assim como dor
durante a relação sexual e desconforto para evacuar ou urinar durante o período
menstrual. Segundo os especialistas , esses são sintomas característicos de
endometriose.

Outro sintoma da doença é a dificuldade de engravidar. Nesse caso, o endométrio adere
às trompas que, sem mobilidade, não conseguem encaminhar o óvulo até o útero.

Um problema, vários tratamentos

Como muitas mulheres, Fernanda também se assustou ao ouvir do médico o que a
afetava. "Quando descobri a endometriose, fiquei bastante preocupada com a
possibilidade de não poder ser mãe. Confesso que me senti um pouco perdida, sem
saber direito o que fazer", diz.

Uma vez diagnosticada, a mulher tem à disposição diversas formas de tratamento. A
começar pelos clínicos, com medicamentos. Há a possibilidade de usar
anticoncepcionais, remédios que provocam uma pausa na menstruação e uma fórmula à
base de um tipo de progesterona (hormônio), que causa atrofia dos pontos de
endometriose.

Fernanda Machado fez um implante de progesterona, o que melhorou bastante as
cólicas. No entanto, o tratamento não foi efetivo para diminuir o cisto no ovário,
resultado que também era esperado pelo médico da atriz. "Quando percebi que o cisto
estava em um tamanho que colocava o meu ovário em risco, decidi operar para não
perdê-lo", afirma.

Foi então que ela se submeteu a uma videolaparoscopia, uma cirurgia minimamente
invasiva em que são feitas cerca de três pequenas incisões, próximas ao umbigo, para
inserir um equipamento com câmera de alta resolução e os instrumentos cirúrgicos, que
retiram os tecidos doentes. No procedimento, Fernanda descobriu que a endometriose
tinha atingido a bexiga e o intestino, além do ovário direito –e todos os focos foram
removidos.

Final feliz

Após o procedimento bem-sucedido, Fernanda colocou mais um implante de
progesterona com duração de seis meses para bloquear a menstruação e impedir que os
focos de endometriose voltassem até que ela decidisse engravidar, o que aconteceu em
setembro de 2014.

"Tirei meu implante em agosto e engravidei no comecinho de outubro, no primeiro mês
de tentativa", diz a atriz. "Os médicos me garantiram que a gestação de quem teve
endometriose é normal, a única dificuldade seria engravidar."

A atriz conta que está curtindo bastante a primeira gestação, mas sabe que o cuidado
com a saúde deverá ser permanente. "Enquanto houver menstruação, existe chance de a
endometriose voltar. Por isso, preciso estar sempre de olho. Depois que o meu bebê
nascer, voltarei a bloquear a minha menstruação até resolver engravidar novamente."

 

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